segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Religiões afro: desmistificando o Batuque

Na tarde de 19 de outubro, os alunos do 9º ano da Escola Felipe Marx participaram de palestra com Cristiane Campello, funcionária pública praticante da religião afro-riograndense Batuque.
No encontro, a convidada falou sobre a escravidão no Brasil e em nosso estado, relacionando estes aspectos com o surgimento do Batuque, já que em virtude do Rio Grande do Sul não receber um fluxo tão acentuado de escravos como o Rio de Janeiro ou a Bahia, os escravos que aqui chegavam mantinham praticamente intacta a religiosidade africana. Ela abordou as principais religiões de origem africana praticadas no Rio Grande do Sul, Batuque, Umbanda e Linha Cruzada.
Além disto, Cristine falou sobre os orixás, e a sua relação com os elementos da natureza, tais como ar, terra, água e fogo. A convidada relacionou os sacrifícios realizados pelos integrantes do Batuque com as práticas paganistas, amplamente difundidas em diversos povos ao longo da história.  Também explicou detalhes sobre os rituais do Batuque, a forma que são realizados os sacrifícios rituais de animais, que segundo ela são preparados e servidos para os praticantes ou para a comunidade, e a pratica de oferendas aos orixás.
Durante o encontro os alunos realizaram questionamentos para a palestrante, que atendeu a todos. Abaixo apresentamos algumas das considerações dos alunos sobre o encontro:
A aluna Juliana e o aluno Gabriel compreenderam que o Batuque ou Nação, trabalha exclusivamente com os Orixás, enquanto a Linha Cruzada trabalha com Exus e Pombas-gira. Enquanto isto, kerolin compreendeu que as oferendas são uma forma de agradecimento e adoração aos seres divinos que eles cultuam. O aluno Lucas destacou que os “cavalos de santo” são as pessoas que recebem as entidades nas cerimônias ocorridas nas terreiras, sendo que, eles não lembram de nada após a cerimônia. As alunas Júlia e Ana Carolina comentaram que:
- A Cristine Campello falou sobre o orixá dela era Iansã, falou como eles são separados: entre água, fogo, terra e ar, os quatro elementos são regidos por um orixá maior que faz parte de um elemento mais forte que todos os outros, a natureza. Ela também comentou sobre as religiões e como são divididas, entre: Umbanda, Linha Cruzada e Batuque, a mais praticada no Rio Grande do Sul é o Batuque, nesta última religião citada, a Cristine comentou que os praticantes não utilizam bebidas alcoólicas.   
Os alunos Vitor e Marcelo destacaram:


-O batuque é uma religião Rio-Grandense das mais preservadas, e ainda utiliza até a mesma língua da época, e os mesmos costumes africanos. A linha cruzada já e mais moderna, pois utiliza outras linguagens e costumes. 
Maria Eduarda e Pedro comentaram que o Orixá de Cristine é Iansã, uma Orixá de linha de frente, guerreira, deteminada. Além disso, lhes chamou atenção a informação de que no Rio Grande do Sul há mais casas de religião de origem africana do que na Bahia. Por fim, Natália, Cassianne e Camila compreenderam que para Cristine, o ritual mais importante de sua religião é o contato com a natureza.
                  

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